Dizem que
vivemos várias vidas... Se formos analisar a vida do espírito, podemos dizer
que vivemos uma só, ora em um corpo físico e ora fora dele, na construção do Eu
que se modifica e engrandece nas várias existências, em diversos corpos e
diversas "personalidades", embora essas nunca percam sua essência.
Uma vez conquistado ou aprendido um atributo do espírito, como a paciência,
resiliência, capacidade de perdoar, etc., esses não se perdem. Carregamos
sempre conosco esses bens espirituais, nossos verdadeiros tesouros.
Não somos os
mesmos de outras existências físicas, assim como não somos os mesmos de 10
anos, 5 anos, 1 ano, 1 mês atrás... Pois estamos em constante mudança,
crescimento e renovação íntima. Mas os laços que criamos com aqueles que nos
relacionamos não desatam, apenas se esticam ou se afrouxam. E sendo a vida
contínua, as histórias provavelmente não terminam com a morte do corpo físico,
e sim quando atingido seu objetivo. E se formos considerar uma vida sendo uma
história construída com pessoas específicas, podemos considerar que em uma
existência física vivemos várias vidas, pois vivemos várias histórias com
pessoas distintas.
Hoje em dia tudo
virou “carma”, seja bom ou ruim. No caso do ruim sentimos, por exemplo, aquela
impressão do “meu santo não bate com o dele(a)”, e enquanto não nos acertarmos
com o outro podemos sim viver a mesma história com a mesma pessoa por várias
existências físicas. (Pode ser então que eu tenha que suportar o mesmo marido
ou mulher por várias outras vidas além dessa??)Temos que ter em mente que não
estamos aqui para suportarmos uns aos outros, e sim para aprendermos a amar. Enquanto
estivermos suportando ficamos presos, quando aprendemos a amar, nos libertamos.
Com relação ao
carma bom, é aquela sensação boa de reencontro, simpatia, alegria. O que faz
com que queiramos nos relacionar com uns ao invés de outros. Sendo a história
do espírito uma escrita constante, ela não cessa com as mudanças físicas, e sim
retoma do ponto anterior, após uma pequena ou longa pausa. Daí vem o especial,
a saudade sem razão, as fortes emoções, etc. Pois quando as almas vibram na
mesma sintonia elas se atraem e se reconhecem, independente dos corpos que
habitam.
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