Já estou pronta para a “folia”. Casa, filmes, livros, melodias, comida, família, bons papos e alegria.
Para os
introvertidos, principalmente, nada melhor do que se enclausurar no ninho, no
máximo com parentes próximos, e curtir o descanso que um feriado prolongado
pode proporcionar. Ou então viajar para um lugar tranquilo, fazer um retiro
espiritual, etc. Sempre damos um jeito de “fugir” da agitação.
Não é questão de
gostar ou deixar de gostar da grande festa que é o Carnaval, apenas não ficamos
bem em ambientes cheios e com muito barulho. Somos muito sensíveis e, muitas
vezes, sentimos e enxergamos além do que os olhos podem ver. Dificilmente
vivemos uma diversão de um momento sem nos importarmos com o que virá depois.
Não que todos vivam esse lema no Carnaval, mas nessa época certamente ficamos
mais propícios a nos importarmos apenas com o momento presente, sem pesar muito
as consequências. Não há nada de errado nisso, contanto que seja negociado e
acordado pelas partes envolvidas, obedecendo a linha tênue entre o desejo e o
respeito pelo próximo.
Qualquer tipo de
radicalismo é prejudicial. Não curtimos a folia coletiva, mas jamais devemos
nos incomodar com as pessoas que curtem. Assim como quem curte não deve se
incomodar com os que preferem se isolar nessas datas. Somos diferentes uns dos
outros! Por isso a grande questão para acabar com qualquer tipo de preconceito
não tem a ver com “aceitar” e sim “respeitar”. Nós não possuímos o controle da
vida de ninguém (a não ser dos filhos menores de idade), para nos acharmos no
direito de aceitar ou não o que os outros fazem. O aceitar deve se referir apenas às nossas
próprias escolhas. Quanto às escolhas alheias devemos respeitar, nada mais!
Seja na folia de
rua se divertindo e bebendo com os amigos, ou na folia de casa bebendo sozinho
ou com a família ou, ainda, apenas comendo pipoca e tomando sorvete em frente à
TV, o importante é que esteja satisfeito e que aproveite ao máximo o que esses
instantes de grandes (ou pequenas) confraternizações podem proporcionar. A
cultura de massa precisa ceder lugar à singularidade. Seja no Carnaval, Natal,
Réveillon, fim de semana, ou em qualquer dia “comum”, todos nós podemos e
devemos aproveitar e deliciar os bons momentos, conforme nossos próprios gostos
e preferências.
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