Uma criança
quando chega ao lar é sempre uma bênção divina. Os pais se preparam para
receber e educar esse novo ser, fruto do amor que os une muito além dos laços
de sangue.
Há uma grande
preocupação em investir nos filhos, culturalmente, materialmente, socialmente,
etc. Mas a grande questão é: Por que a sociedade não investe na educação dos
sentimentos?
Tudo o que é
investido é necessário e de extrema importância, mas ninguém adoece e muito
menos se suicida por não conhecer a fisiologia do corpo humano, cálculos de
integral e derivada, direito constitucional e administrativo, etc. As pessoas
adoecem devido a problemas de sentimentos: amor, ódio, angústia... E por que
não existe uma atenção maior, uma preparação, um investimento desde a infância
voltado para essa questão essencial da vida?
“Como ajudar seu
filho, quando prejudicado por alguém, a não se afogar na mágoa?”
“Como ensinar
seu filho a controlar seus próprios desejos?”
“Como educar seu
filho no desenvolvimento da inteligência emocional?”
Pensar nessas
questões e correr atrás das respostas pode ajudar no crescimento de filhos
menos doentes e, consequentemente, adultos mais saudáveis.
A sociedade nos
ensina a ter poder sobre os outros, mas não como dominar a nós mesmos. E o
resultado disso são pessoas ansiosas, agitadas, rancorosas e depressivas.
Não apenas a
educação sentimental passa despercebida, mas, principalmente, a emocional
hoje em dia. Tanto que não são mais os pais que comandam os filhos, são os
filhos que comandam os pais. Se todos estiverem em casa a noite, por exemplo,
quem fica com o controle da TV? Quais as músicas mais ouvidas no lar, as da
época dos pais ou as que agradam mais aos filhos? Quem dorme com a mulher são
os filhos ou o marido? Quais as vontades priorizadas, dos pais ou dos filhos?
Há poucas décadas atrás, era dessa forma? Por que mudamos tanto? Se essa
maneira de "educar"está correta ou errada não cabe julgar, apenas
observar que hoje temos mais crianças, adolescentes e adultos com sérios
problemas emocionais. O que estamos fazendo para melhorar esta situação?
Se não esperamos
a criança virar adulto para ensinar matemática, por exemplo, então por que
esperamos para ensinar o evangelho, ou livros de autoajuda, ou qualquer outra
coisa que eduque a alma?
Não há nada mais
encantador do que a beleza da alma. Uma pessoa capaz de perdoar, relevar os
defeitos, não julgar o próximo e conhecer a si próprio, é a obra mais formosa e
preciosa que existe.
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