A inveja é alimentada por um dos mais maléficos hábitos, a intriga, mais
conhecida como fofoca. Quando não estamos satisfeitos com nós mesmos
e com a vida que levamos, ao invés de nos elevarmos vibrando otimismo,
rebaixamos o outro, no intuito de nos sentirmos um pouco melhores. A
inveja pode até não matar, mas certamente adoece. Vibrar ódio espalhando rancor
pode destruir a vida de muitas pessoas, mas também nos degenera.
O orgulho não afasta de nós somente as outras pessoas, ele nos afasta, principalmente,
de nós mesmos. Pois não há crescimento moral, ou espiritual, sem o
relacionamento com o próximo. É impossível conviver sem perdoar, pois somos
todos suscetíveis ao erro. Relacionar-se tem um preço, e a moeda tem
dois lados.
A maldade, essa alimenta tanto o ego em desequilíbrio que é quase
impossível não se viciar ao experimentá-la. Até nos darmos conta que a vingança
é o veneno que tomamos na esperança que o outro morra, já nos envenenamos o
suficiente para nos lançarmos no árduo caminho da desintoxicação da alma.
A angústia, de todos, é talvez o mais viciante. Pois o maior desafio não
é ajudar alguém, ou a nós mesmos, a sair do fundo do poço, e sim parar de
desejar a situação difícil, a tristeza profunda, uma vez mergulhados
nela. “Todo desejo é manancial de poder.” Tudo o que desejamos
atrai, vem ao nosso encontro. O problema é que a maioria das coisas que
desejamos nos atormenta. E a posição de vítima, de “coitadinho”, é mais bem
vista do que a do “malvado”. Mas na primeira posição também roubamos energia, e
de uma forma bastante covarde, embora nem sempre consciente.
Os vícios que precisam ser realmente combatidos são esses da alma, pois
são as causa dos efeitos conhecidos como vícios que alimentam o corpo. São
velhos hábitos sentimentais que carregamos de uma forma tão natural que nem
percebemos, mas que precisam ser educados. Devemos aprender a satisfazer nossos
desejos de forma equilibrada, sem nos prejudicarmos e sem prejudicar os
semelhantes, lembrando que o limite da saciedade do próprio ego termina onde
começa o respeito pelo próximo.
Abandonar o hábito do vício e buscar o seu oposto, a virtude, é um
desafio diário. O primeiro derruba e o segundo eleva. Que o conhecimento nos
tire do chão para que possamos voarmos juntos rumo à luz do infinito
aprendizado.
Priscila:boníssima noite;parabéns!...,e fico,imensamente,grato,pela Luz.
ResponderExcluir