Sabe aquele amor?

 
Sabe aquele amor que quando encontra a pessoa pela primeira vez tem a impressão de reencontro? Como se já se conhecessem durante milênios? Onde o primeiro abraço causa a sensação de que um corpo se misturou no outro e no primeiro beijo os lábios se encaixam e as línguas se acariciam perfeitamente? Sabe aquela sensação de total sintonia? Então... Eu não sei. Não conheço. Nunca vivi. Apesar disso, acredito que ela exista sim na vida real, além dos contos de fadas. 
 
Mas acredito principalmente naquele amor que se constrói a cada dia, que surge e aumenta a cada momento de convivência. Aquele que o primeiro abraço é tímido e até frio de tanto pudor. Aquele em que o primeiro beijo é um horror, mas que melhora com a prática. Aquele que deixa o corpo estático na hora que tem que agir, e as coisas nunca saem conforme se imagina. Aquele em que a gente precisa aos poucos encaixar a fantasia na realidade, e assim criar uma história de verdade, onde se vivencia o que antes só existia na nossa mente. 
Apesar de parecer o contrário, acredito que o segundo seja mais profundo que o primeiro.  Um relacionamento que já começa perfeito é um sonho lindo, mas costuma terminar com a mesma rapidez que começou, pois dificilmente a paixão se transforma em amor. E talvez a maior graça divina dos relacionamentos, e o maior objetivo, seja tentar alcançar a perfeição relativa juntos, a cada dia, a cada momento, no entrelaçar de nossas vivências e desafio das convivências.





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