Não vou falar daquelas que fazemos a todos
os momentos e nem sempre percebemos o quanto refletem no nosso dia a dia. Quero
falar daquelas que marcam. Dos momentos decisivos, que se não forem bem
analisados e comedidos, levam a um grande arrependimento, embora todas as
experiências sejam válidas.
Quando realizamos um sonho, por exemplo, de
passar em um concurso público e ir trabalhar numa grande empresa, mesmo que não
esteja nos nossos planos trabalhar nela a vida inteira, é como um casamento,
onde não pensamos na separação. Conquistar uma vaga em um local muito querido
pode ser comparado com a vivência de uma paixão. Os primeiros meses são
mágicos, apenas as qualidades se destacam, não há frustração. Mas com o tempo,
quando os hormônios se “normalizam”, enxergamos e nos incomodamos com os
defeitos. E quando o amor romântico acaba, ou se apaga, fica apenas o apego
acompanhado do medo, causado pela insegurança de trilhar novos caminhos. Então
tendemos a escolher o caminho mais fácil, o da acomodação.
Vale a pena ousar e traçar um novo rumo,
mesmo inseguro? Vale a pena batalhar pela realização dos próprios desejos e
conquistar um lugar que realmente nos “complete”? Vale a pena ariscar para
conseguir fazer o que ama, ou é melhor aprender amar o que já faz?
A igualdade na diversidade faz com que
tenhamos as mesmas perguntas, mas nem sempre as mesmas respostas. Questões de
um modo em geral nos levam a uma escolha individual, mesmo que às vezes pareça
não haver saída, mesmo que nossa vida esteja ligada a outras vidas, mesmo que
as vontades estejam divididas. A decisão é sua, embora as respostas sensatas
possam estar nas outras pessoas. Pois são os outros que nos ajudam a enxergar o
que no fundo já sabemos, o que temos guardado, ou escondido. São os outros que
nos ajudam a encontrar o que parecia perdido. São os outros que nos ajudam nas
nossas sensatas escolhas.
“Deus fala ao homem através do homem.”
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