Instabilidade
emocional; mudanças bruscas de humor de acordo com acontecimentos diários, e
não bem marcada dentro de um ciclo como no transtorno bipolar; e intolerância
às frustrações talvez sejam os pontos principais do TBH.
“Borderline
como o nome já diz é o que está à margem, a personalidade sem limites daquilo
que transborda.” Por isso a dificuldade em se relacionar com pessoas mais
intimamente. Nas amizades eventuais eles podem ser excelentes companhias,
divertidos, solícitos, sensíveis e amáveis, mas quando o relacionamento se
estreita começam as dificuldades. Tendem a ter comportamento possessivo,
controlador, carente e muito inseguro, devido à baixa autoestima. Para eles, o
outro passa a ser uma parte necessária para a sobrevivência. O vazio
existencial é tão intenso, que tornam dependentes e sufocantes. Por isso,
frequentemente, os relacionamentos são rompidos, pois se sentem rejeitados,
mesmo sem um motivo real.
O ponto
desencadeador do Border está na relação com o amor, pois é aí que as emoções se
intensificam. Porém, as emoções ficam presas nos aspectos negativos, como o
medo e o trauma do abandono, o que causa irritação, oscilações de humor, e
mágoas que transformam a pessoa idealizada em detestável um pouco tempo. Dizem
que quanto mais alto sonhamos maior o tombo, e no caso dos Borders é ainda mais
catastrófico, por idealizar demais, a queda depois, ao despertar para a
realidade, costuma ser muito brusca.
A
incidência é maior em mulheres do que em homens, por serem mais emotivas, o que
não quer dizer que não existam homens com esse transtorno. Assim como a
sociopatia que é mais predominante em homens, em razão da racionalidade, o que
faz com que os Borders se tornem presas fáceis para os Sociopatas, que usam e
abusam da carência e fragilidade das pessoas em função dos seus interesses.
Por isso
os Borders jamais devem ser confundidos com os Sociopatas! Enquanto eles sentem
empatia e se preocupam com o mal que fazem àqueles que amam, mesmo sem saberem
ou conseguirem agir de outra forma, o Sociopata jamais se preocupa com outra
pessoa, a não ser ela mesma. Sem contar que, por possuírem consciência e
capacidade de amar genuína, os Borders, depois de diagnosticados, podem se
tratar, num processo de reconhecimento de seu vazio interno, e levar uma vida
normal, inclusive amorosa. Ao contrário do Sociopata que, infelizmente, jamais
aceitará seu diagnóstico.
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