A balança dos relacionamentos equilibrados

 
“O amor é cego até onde a vista alcança.” O amor pode ser cego para os olhos, mas não é para a alma, muito pelo contrário. Essa tudo vê, tudo sabe e tudo sente. 
 
O verdadeiro amor somente finge que não vê, principalmente quando quer ceder. Diz que está tudo bem, enquanto por dentro o coração está se despedaçando. Passa por cima das falhas e dos tropeços, por entender que ninguém é perfeito. Mas não é em qualquer ambiente que ele sobrevive. Para continuar a fluir é preciso haver reciprocidade. É preciso que os dois lados da balança estejam em equilíbrio.
 
Para verificar se vale a pena manter um relacionamento, faça uma lista de tudo o que você faz para o seu companheiro em um lado da balança. Além de qualitativa pode ser também quantitativa. Por exemplo, quanto tempo passa fazendo alguma coisa para agradar seu companheiro. Liste todos os gestos de carinho, elogios e gratidão que costuma fazer diariamente, ou semanalmente. Depois que terminar, faça a lista de tudo o que ELE faz para você do outro lado da balança. Se o companheiro também fizer esse exercício da balança será ainda melhor, como parâmetro de comparação, pois às vezes o que tem valor para você não tem para ele, e o que tem valor para ele não tem para você.
 
Se a balança estiver em equilíbrio, parabéns! Você tem um relacionamento privilegiado! Faça de tudo para manter! Mas se ela pesar muito mais para um lado, ou para o outro, vale a pena avaliar se é melhor seguir adiante. Um relacionamento onde um lado cede e agrada muito mais do que o outro lado, normalmente gera tristezas que podem levar ao desenvolvimento de graves doenças, devido à queda da autoestima.
 
Portanto, não feche os olhos para os excessos e faltas que levam os relacionamentos ao fracasso. Faça esse exercício da balança, converse, exponha o que te incomoda, o que precisa ser modificado e, principalmente, esteja aberta também para as mudanças, mas sem cobranças! Se a outra parte não estiver disposta a cooperar, se as palavras bonitas não condizem com as ações, não se desgaste. Apenas se afaste! Mas, antes termine com dignidade. Um final triste, porém sincero, é bem mais belo e honesto do que uma história sem fim...
 
Lembre-se que o amor-próprio é o primeiro que deve ser avaliado sempre, e esse apenas sobrevive onde há equilíbrio! 
 
 

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