De repente o trem
da vida sai dos trilhos, um enorme obstáculo aparece dificultando o caminho
traçado para o destino que parecia ser certo. Tudo para, estaciona, perde o
movimento, e o medo de retroagir ao cenário de antes nos impede de enxergar o
que poderá surgir mais adiante.
É que às vezes nos
esquecemos de um “detalhe” que normalmente surge antes da renovação, evolução
e, até mesmo, da criação: O caos. É preciso que ocorram as desordens para que
tudo siga uma nova ordem.
Os cientistas dizem
que esse Universo harmônico em que vivemos hoje, propício para a existência da
vida, só existe em razão do desequilíbrio de antes. É preciso haver
complexidade para haver evolução. E mais, a evolução não foi contínua. Houve
períodos de desaceleração. E a extrema complexidade do cérebro humano é uma
estrutura bem distante da estabilidade, ou seja, graças à instabilidade do
Universo estamos aqui.
Será que qualquer
semelhança com o mundo em que conhecemos e vivemos, seria apenas mera
coincidência?
Atualmente está
tudo muito instável, em desequilíbrio, há desordens por toda parte. E quando
pensamos que finalmente tudo vai se acertar, um imprevisto acontece, e o
desânimo toma conta.
Mas, a grande
descoberta do nosso século é que o Universo evolui! E se com o Universo ocorre
dessa maneira, por que nossa vida individual, e coletiva, seria diferente se
fazemos parte dele? Basta observamos o macro para entendermos o micro. Não
dizem que somos “miniaturas do universo”? Graças ao desequilíbrio chegaremos um
dia ao equilíbrio, onde finalmente a harmonia irá prevalecer.
Essa constatação é
a chave da esperança. E quando me refiro ao caos não estou falando de
“apocalipse” e sim daquele caos que existe dentro de cada um de nós, que nos
afasta da paz interior. Mas pode ter certeza que, segundo a observação dos
fatos, a tendência é que tudo se ajeite para a chegada de tempos melhores. O
que nos leva a acreditar, sem mais duvidar, que esperança não é só mais um
bichinho verde!
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