O Livro do Gênesis narra que Deus
criou um lindo jardim no Éden, para que o "homem" pudesse cultivar. Independente
das crenças e das diferentes interpretações, podemos refletir e considerar que esse
jardim existe, dentro de cada um de nós.
Nesse jardim, a terra é arada pela
descoberta da verdade sobre nós mesmos, pelos nossos princípios e valores. É
semeada pela realização de sonhos, e pelas pessoas que conquistamos no
grandioso gesto de cativar. E, o mais árduo, é cultivada pela arte de amar.
Já parou para pensar como está o
seu jardim? Quantas sementes você tem plantado e regado? Quantas árvores o
habitam? Quantas flores o colorem e perfumam? O que tem contemplado?
Antigamente era mais trabalhoso
criar um bom jardim. Jogávamos as sementes e cultivávamos diariamente, pouco a
pouco, antes de colhermos os bons frutos e contemplarmos as lindas flores que,
com orgulho, chamávamos de "nossas". Resultado do nosso “trabalho”,
do nosso cuidado e afeto.
Hoje em dia alguns jardins já vêm
prontos. São lindos, não podemos negar. Mas não há valor e sim preço, e o preço
que se paga pelas plantas já formadas, é estarrecedor. Além de parecerem
superficiais, elas não duram, por mais que possamos regar e colocar ao sol. Da
mesma forma rápida que surgem se vão. Falta algo... Talvez o arado feito pelas
nossas próprias mãos.
Talvez faltem sonhos para guiar a
verdadeira criação daquilo que vem de dentro. Daquilo que não é apenas um
momento. Daquilo que nos dá sentido. Que transforma todos os nossos sentidos em
apenas um: O de existir em toda nossa plenitude.
O que estamos fazendo com o nosso
jardim? Estamos cuidando das plantas que já estão lá, essenciais para que não
nos falte ar, ou estamos apenas correndo atrás de novas flores já prontas, pelo
simples desejo de ter, sem o sucesso de alcançar?
Estamos cultivando as novas
sementes ou esquecendo-se delas após a primeira chuva? Afinal, dá tanto
trabalho, não é? Mas, o que permanece em nossas vidas sem o nosso cuidado? Sem
o "sangue e suor" do nosso corpo? Sem a doação de um pouquinho da
nossa própria alma?
Pois só através dessa doação
alcançamos um pouco do amor Ágape. Aquele presente em toda criação. Que existe dentro
de cada um de nós, esperando o momento de ser despertado para ser vivenciado.
Normalmente é pela dor que
aprendemos a dar mais valor ao nosso jardim. Àquela flor, ou àquelas flores,
que sempre estarão lá à nossa espera para nos acolher em qualquer momento, seja
de felicidade ou de dor, e que por isso se diferenciam de todas as outras.
O que estamos fazendo com o
jardim que o criador nos concedeu? O que estamos fazendo com o jardim que
criamos para nós mesmos? Nossas árvores velhas estão sendo derrubadas e as
flores arrancadas para serem descartadas? Ou estão sendo cultivadas para serem
contempladas?
Não se preocupe com as flores “erradas”.
O que não fizer parte do nosso jardim, apenas passa por ele e voa naturalmente,
como as borboletas que, às vezes, aparecem apenas para trazer um pouco de
alegria e depois vão embora.
Mas o que fizer parte dele, o que
for “nosso”, volta, permanece e floresce, constantemente, a cada nova
primavera. Basta que saibamos também florescer em outros jardins...
(Texto baseado nas palavras da
Psicóloga e Master Coach Aexane Alves.)
Nem tenho palavras textos otimos
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